Google+ Experimento: novembro 2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Seção nostalgia 1

     Quando eu tinha entre 13 e 14 anos de idade, na minha época de pré-adolescente metida a "gótica" eu escrevia poemas. Eu sinto vergonha de muitas das coisas que eu escrevia neles, mas tem coisas que me surpreendem quando eu leio, me surpreende ver que há alguns anos eu tinha uma criatividade que hoje eu não tenho mais.


Essa imagem "rola" na web desde que eu fiz meu primeiro perfil no Orkut e postarei mais destas para ilustrar esta seção. rs

     Com o passar do tempo eu fui ficando cada vez mais exigente e deixei de trabalhar minha imaginação, principalmente. E sim, eu culpo principalmente minhas influências externas, que me fizeram encolher minha criatividade num canto de onde não consigo mais soltá-la.
     Enfim, fazia tanto tempo que eu não lia meus poemas que nem mesmo lembrava que eles existiam. Lembrei há alguns dias e decidi que queria publicá-los aqui. Me digam se vocês já fizeram algo parecido e suas opiniões sobre os meus poemas nos comentários.
     Não vou publicar todos de uma vez, é claro, mas vou publicar um ou dois por vez (todos os que tenho registrados). Fiquem com o poema de hoje:

Abstinência

Hoje finalmente eu percebo como tenho sido
Tão poucas vezes eu sinto esse doce aroma a minha volta
Esse prazer que vem me renovar as forças
Pra fazer algo que realmente me satisfaça

Relembro como sempre é duro o passado
Eu preciso gritar para quebrar os vidros
Como sou um zumbi seco e maltratado
Vejo como cadernos nem sempre são bons amigos

Quanto tempo me deitei e me vi no espetáculo
Não era a estrela dos meus próprios filmes
Como deveria ser... como não é
Como eu estava escondida e presa nas minhas correntes

Eu nunca entendi por que são dados os belos dias de sol
Para de repente sumirem e escurecerem
Sem deixar instruções de como me virar na escuridão
Se nem ao menos sei fazer fogueiras que clareiem
E então quando sinto tanto calor
Sou privada das mais refrescantes brisas
Sinto sempre o queimar da minha pele
E a alegria que há muito se tornou cinzas

E venho escrever e registrar pra mim mesma
O belo cenário que há tanto eu criei

E depois me sinto sem vida e vejo...
Cadernos nem sempre são bons amigos



-Fiquem à vontade para rir. =D

sábado, 9 de novembro de 2013

20 anos.

     Até onde consigo lembrar, nunca fui uma criança que sonhava em se tornar adulta. Em certa parte da minha infância, eu imaginava que "ser adulto" era como uma maldição que me envolveria com o passar dos anos e isso me sufocava. Agora que estou completando duas décadas expulsa do útero de minha mãe, vejo que minha imaginação não estava completamente errada.
     Talvez eu esteja exagerando, talvez eu esteja vivendo uma fase como qualquer outra, que teu lado prazeroso e seu lado doloroso. Mas o fato é que tenho medo de morrer; detesto minha obrigações; tenho medo de não ter tempo para fazer tudo que quero. Nunca o tempo me pareceu tão curto.
     Gostaria de ser pré-adolescente outra vez e ter tempo para me especializar nas atividades que me satisfazem, mais tempo para passar perto dos meus amigos... Embora sinceramente eu saiba que se eu voltasse no tempo eu seria a mesma criatura preguiçosa de sempre, que durante o dia cruzava as pernas em frente ao aparelho de televisão sem nenhuma preocupação em mente.
     Só hoje eu sei a falta que o tempo me faz. Essa é a parte que realmente parece uma maldição: remoer preocupações e angústias causadas pela constatação da minha falta de tempo só me causa ainda mais estresse e não me ajuda a chegar aonde eu quero, mas não consigo evitar de fazê-lo. "É a idade".
     Meu rosto já ganhou traços mais adultos, minha atitudes são cada vez mais medidas de acordo com convenções sociais. Onde foi parar maior parte da minha rebeldia e do meu frescor de criança pensadora? Talvez eu não deva culpar apenas o tempo, talvez seja minha culpa estar me rendendo à amargura dos adultos tão cedo.
     Para não dizer que não tenho aproveitado minha maturidade, me sinto mais livre de preconceitos que eu tinha há poucos anos, me sinto mais independente e tranquila quanto às características do meu ego e da minha natureza.
     E, mesmo na falta de tempo, só me resta ter paciência e ir construindo meu caminho com cada espaço que encontro.


Idade destruindo minha carinha de 13 anos. x)