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quinta-feira, 6 de março de 2014

Fan art: Cruela Devil

Até que enfim finalizei.



Desenho digital não é tão fácil quanto parece, mas acho que estou evoluindo. E estou cada vez mais amando minha tablet Wacom Bamboo, faço propaganda mesmo. rs
O que acharam da minha jovem Cruela?


-Espero que tenham gostado. ;)

































quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Seção nostalgia 1

     Quando eu tinha entre 13 e 14 anos de idade, na minha época de pré-adolescente metida a "gótica" eu escrevia poemas. Eu sinto vergonha de muitas das coisas que eu escrevia neles, mas tem coisas que me surpreendem quando eu leio, me surpreende ver que há alguns anos eu tinha uma criatividade que hoje eu não tenho mais.


Essa imagem "rola" na web desde que eu fiz meu primeiro perfil no Orkut e postarei mais destas para ilustrar esta seção. rs

     Com o passar do tempo eu fui ficando cada vez mais exigente e deixei de trabalhar minha imaginação, principalmente. E sim, eu culpo principalmente minhas influências externas, que me fizeram encolher minha criatividade num canto de onde não consigo mais soltá-la.
     Enfim, fazia tanto tempo que eu não lia meus poemas que nem mesmo lembrava que eles existiam. Lembrei há alguns dias e decidi que queria publicá-los aqui. Me digam se vocês já fizeram algo parecido e suas opiniões sobre os meus poemas nos comentários.
     Não vou publicar todos de uma vez, é claro, mas vou publicar um ou dois por vez (todos os que tenho registrados). Fiquem com o poema de hoje:

Abstinência

Hoje finalmente eu percebo como tenho sido
Tão poucas vezes eu sinto esse doce aroma a minha volta
Esse prazer que vem me renovar as forças
Pra fazer algo que realmente me satisfaça

Relembro como sempre é duro o passado
Eu preciso gritar para quebrar os vidros
Como sou um zumbi seco e maltratado
Vejo como cadernos nem sempre são bons amigos

Quanto tempo me deitei e me vi no espetáculo
Não era a estrela dos meus próprios filmes
Como deveria ser... como não é
Como eu estava escondida e presa nas minhas correntes

Eu nunca entendi por que são dados os belos dias de sol
Para de repente sumirem e escurecerem
Sem deixar instruções de como me virar na escuridão
Se nem ao menos sei fazer fogueiras que clareiem
E então quando sinto tanto calor
Sou privada das mais refrescantes brisas
Sinto sempre o queimar da minha pele
E a alegria que há muito se tornou cinzas

E venho escrever e registrar pra mim mesma
O belo cenário que há tanto eu criei

E depois me sinto sem vida e vejo...
Cadernos nem sempre são bons amigos



-Fiquem à vontade para rir. =D

sábado, 9 de novembro de 2013

20 anos.

     Até onde consigo lembrar, nunca fui uma criança que sonhava em se tornar adulta. Em certa parte da minha infância, eu imaginava que "ser adulto" era como uma maldição que me envolveria com o passar dos anos e isso me sufocava. Agora que estou completando duas décadas expulsa do útero de minha mãe, vejo que minha imaginação não estava completamente errada.
     Talvez eu esteja exagerando, talvez eu esteja vivendo uma fase como qualquer outra, que teu lado prazeroso e seu lado doloroso. Mas o fato é que tenho medo de morrer; detesto minha obrigações; tenho medo de não ter tempo para fazer tudo que quero. Nunca o tempo me pareceu tão curto.
     Gostaria de ser pré-adolescente outra vez e ter tempo para me especializar nas atividades que me satisfazem, mais tempo para passar perto dos meus amigos... Embora sinceramente eu saiba que se eu voltasse no tempo eu seria a mesma criatura preguiçosa de sempre, que durante o dia cruzava as pernas em frente ao aparelho de televisão sem nenhuma preocupação em mente.
     Só hoje eu sei a falta que o tempo me faz. Essa é a parte que realmente parece uma maldição: remoer preocupações e angústias causadas pela constatação da minha falta de tempo só me causa ainda mais estresse e não me ajuda a chegar aonde eu quero, mas não consigo evitar de fazê-lo. "É a idade".
     Meu rosto já ganhou traços mais adultos, minha atitudes são cada vez mais medidas de acordo com convenções sociais. Onde foi parar maior parte da minha rebeldia e do meu frescor de criança pensadora? Talvez eu não deva culpar apenas o tempo, talvez seja minha culpa estar me rendendo à amargura dos adultos tão cedo.
     Para não dizer que não tenho aproveitado minha maturidade, me sinto mais livre de preconceitos que eu tinha há poucos anos, me sinto mais independente e tranquila quanto às características do meu ego e da minha natureza.
     E, mesmo na falta de tempo, só me resta ter paciência e ir construindo meu caminho com cada espaço que encontro.


Idade destruindo minha carinha de 13 anos. x)

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Encomenda para o dia 9: Parabéns, pai.

     Hoje é o aniversário do meu pai. E eu fiz meu primeiro trabalho digital para homenageá-lo hoje. Na verdade a ideia foi da minha mãe, mas eu escolhi a foto. =)
     Tive muito trabalho para colorir o desenho de uma forma que ficasse aceitável, já que eu não tenho técnica e apenas vi alguns tutoriais rápidos de colorido digital. O desenho e a textura do fundo foram feitos no Photoshop CS6 e o desenho foi colorido no Paint Tool SAI, que facilitou muito meu trabalho. Espero que o resultado tenha ficado agradável e que, principalmente, meu pai goste.


     O desenho foi feito a partir dessa foto:


     A foto é de 1986, carnaval, início do namoro dos meus pais. Eu gosto muito dela, mostra bem quem é o meu pai, que amava o carnaval, gostava de se fantasiar e até compor marchinhas. Além disso, meu pai desenhava e sempre gostou de música, dele veio minha primeira influência e a tendência a gostar dessas duas formas de expressão.
     Meu pai também é um homem gentil, que fez boa parte da alegria da minha infância, sempre me deu apoio no que eu precisei.
     Tenho muito orgulho de ser filha do Seu Ramos e sou muito introvertida e tímida para dizer um "eu te amo" pessoalmente, mas aproveito esta postagem para dizer que o amo muito e sinto saudade. É sempre uma pena estar longe e não poder lhe dar um abraço.
     Ah, hoje em dia meu pai é assim (fotos do início do ano):


     E toma uma canseira da neta quando recebe visita. rs

-Feliz aniversário, pai! ;)                                     

sábado, 14 de setembro de 2013

Pausa.

Este texto é uma justificativa para uma possível pausa dos meus textos.

   
     Tenho pensado em me dedicar mais aos meus desenhos e, por isso, posso vir a parar de escrever por um tempo indeterminado.
     Recebi a sugestão de explicar como uma arte (no caso, o desenho) pode substituir outra (escrever) como forma de expressão. Lembrei-me que um primo me perguntou há alguns anos se escrever poemas havia substituído minha necessidade de desenhar (na época eu comecei a escrever poemas góticos e parei de desenhar) e eu respondi que sim. Mas, pensando hoje, não acho que simplesmente uma coisa tenha substituído a outra. Naquele momento eu era só uma pré-adolescente e havia descoberto um novo jeito de expressar minha criatividade, aquilo tomou toda minha atenção, meu entusiasmo, mas era diferente de desenhar.
     Atualmente, minhas circunstâncias são outras. Eu simplesmente não tenho tempo suficiente para me dedicar a fazer tudo que eu gosto. Sou mãe (quem tem acompanhado o blog já sabe) de uma garotinha, que está completando 10 meses de vida hoje. Ela depende de mim para tudo, ela é minha prioridade. O tempo que me sobra para me dedicar a outras atividades é extremamente curto, o qual eu consigo com muito "malabarismo" na minha rotina. Então, eu preciso me dedicar a uma coisa de cada vez (além de escrever e desenhar eu gosto de tocar violão e cantar, mas esses últimos eu tenho menos tempo ainda para praticar).
     A escrita é algo que, na minha opinião, flui muito mais naturalmente. Para desenhar eu preciso de muito mais técnicas, de muito mais prática (até mesmo a criatividade é algo que atrofia se não é praticada). E se eu quiser um dia ser uma desenhista razoável, eu preciso me dedicar com mais frequência até atingir um nível em que eu me sinta mais satisfeita com os resultados, onde eu consiga transferir minha imaginação mais fielmente ao desenho.
     Resumindo, não é questão de substituição de uma arte por outra, mas sim por falta de tempo que eu preciso escolher uma arte por vez. Mas não pretendo deixar meus textos completamente de lado, pretendo ao menos ir anotando minhas ideias, para trabalhá-las mais tarde. Por isso, quero pedir que me deixem sugestões de temas sobre os quais vocês gostariam que eu escrevesse. Assim, pode ser que eu me inspire e acabe escrevendo sobre esses temas.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

A queda é mais segura.

   

É muito comum as pessoas sentirem medo das mudanças, de descobrirem que suas crenças (sejam religiosas ou não) não fazem sentido, estão erradas. Medo de ficar "sem chão". O que ninguém percebe é que ficar sem chão tem seu lado vantajoso, se você cair e não houver chão, não há como se machucar.
     E aí você vive sua vida defendendo com unhas e dentes tudo em que acredita, brigando com tudo que contraria suas convicções, sem perceber que há tantos outros modos de enxergar a vida, defendidos por tantas outras pessoas convictas, que você tem a mesma chance de estar certo quanto qualquer um por sobre o planeta Terra.
     Então, é impossível viver sem ter suas próprias crenças e posicionamentos sobre a vida? Sem dúvida é importante ter suas próprias certezas. Mas elas podem mudar. Você pode ter a capacidade de trocar suas lentes oculares por outras mais bem polidas. Se parecer que perdeu seu chão, não tenha tanto medo, agora é possível a você explorar profundidades maiores, sua liberdade de "se expandir" é sempre um ganho.
     Já "perdi o chão" mais de um vez, falta cair muitas vezes ainda e o medo natural sempre virá, mas a lembrança de tudo que posso alcançar em cada queda livre me mantém mais forte, curiosa , e, acredite, satisfeita.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sobre os protestos pelo Brasil.

     Eu só sei que foi algo repentino pra mim e que ainda estou em meio a um turbilhão de impressões e emoções. Eu estava alheia aos protestos que iniciaram por causa do aumento da tarifa das passagens do transporte público, até que, na semana passada, percebi a movimentação na internet em relação a esse assunto e resolvi me informar para ao menos saber basicamente do que se tratava. E acabei me dando conta de que algo grande estava acontecendo. E está. Como as pessoas podem ter acordado assim, "do nada", é algo como um sonho pra mim. Imagino que seja também para muita gente, que, assim como eu, cresceu ouvindo que estamos vivendo numa geração preguiçosa, extremamente individualista e incapaz de se levantar contra os absurdos do nosso país.
     O que me incomoda é ver a quantidade de gente criticando as manifestações pelo Brasil. Eu entendo a preocupação sobre o foco de todo o movimento, que é importante ter algumas metas definidas a exigir, mas eu vejo que os protestos são válidos de qualquer forma, para mostrar aos governantes do nosso país que a população despertou e que provavelmente acontecerão outras revoltas a cada nova insatisfação do povo brasileiro. E o que eu não entendo, é ver tanta gente paranóica sobre os partidos políticos, desmerecendo as manifestações populares, julgando que é tudo simples manipulação. Parece gente mais preocupada em mostrar o quanto é intelectualizada e em ter uma desculpa para continuar de braços cruzados.
     Ainda tem a questão do vandalismo. Sinceramente, a despeito de todos os julgamentos de eu ser uma "moleca revolucionária", sou a favor de haver certa fúria nos protestos (sim, eu torci para que queimassem ou quebrassem o Congresso em Brasília), porque eu duvido que simplesmente sair andando pelas ruas seja suficiente para mostrar aos políticos "quem é que manda". Porém, é diferente sair quebrando objetos e estabelecimentos que nada tem a ver com os sujeitos contra quem o povo está se revoltando. Mas, ignorando o fato de haver grupos que se aproveitam da situação para fazer o que bem entendem pelas ruas, é até compreensível que exista alguns exageros em meio à multidão, afinal, é uma massa espontânea, sem uma ordem bem estabelecida. Ao contrário da polícia... bem, nem vou comentar sobre a polícia.
     Dia 17 eu estava extremamente excitada assistindo à multidão tomando as ruas nas capitais do país, pelo computador e pela TV. Estava me sentindo frustrada também, porque não pude participar de nenhuma das manifestações, já que eu tenho uma filha ainda bebê, que preciso cuidar e amamentar. Enfim, fiz tudo o que podia em casa mesmo, compartilhando as informações que eu encontrava e encorajando as pessoas a irem às ruas. E continuo torcendo para que as manifestações continuem e que a partir de agora isso se torne um hábito dos brasileiros. Que a memória do povo não seja curta, como se costuma dizer.
     Acho que o pensamento mais comum desde o início da repercussão dos protestos é "finalmente tenho orgulho de ser brasileiro" e com razão de ser. Finalmente o povo brasileiro unido por uma causa nobre, sem precisar de mulheres seminuas e futebol.