Google+ Experimento: (Sobre) a nossa Inércia.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

(Sobre) a nossa Inércia.

     Por que será que, quanto mais o tempo passa, vamos deixando de questionar sobre a nossa vida, sobre nós mesmos?
     Eu poderia tentar explicar isso com minhas próprias teorias genéticas ou biológicas, que geralmente são respostas que me deixam conformada, mas não, agora não quero me conformar. Quero questionar.
     Bem, será que são as responsabilidades impostas a nós humanos adultos? Será esta rotina agitada que nos faz correr por entre os detalhes do dia a dia e não notar até mesmo o óbvio? Talvez você já tenha se perguntado sobre isso (e logo esquecido), ou já tenha lido em algum momento, deve ser uma questão um tanto comum. Mas, acredito que existem várias pessoas que nem percebem que se tornaram autômatos. Penso também que tem que ser mais que um cotidiano corrido e estressante o culpado pela falta de reflexão das pessoas.
     Na verdade, acho que nos acomodamos muito facilmente. É só encontrarmos algo a que nos dedicar na vida que já nos damos por satisfeitos, deixamos de lado os questionamentos sobre nosso mundo, sobre nossa sociedade, sobre o que fazemos...
     Parece que o passar dos anos chegamos a um ponto em que começamos a repetir as opiniões já ditadas pelo senso comum, sem raciocinar realmente, sem rever nada, nenhum conceito, nenhum significado. Parece que ter opiniões e reações prontas para vários temas é algo muito importante para que tenhamos uma personalidade formada, mesmo que só estejamos copiando as outras pessoas.
Depois de "formar" a personalidade , parece que se torna muito difícil alguém ter coragem de mudar suas ideias. As ideias absorvidas e várias vezes mal filtradas. Como se tornar mais velho e ignorante do que dessa forma?
     Às vezes é bom questionar até alguns significados no dicionário. Se conformar, deixar certas respostas simplesmente se instalarem na mente, assumir posições inflexíveis sobre assuntos importantes da nossa vida deve ser um dos maiores erros do ser humano.
     Vê uma briga de dois lados em que você defende um? Tente se colocar no lugar do que você considera errado. A segurança que você sente por ter uma posição para se firmar pode não ser algo necessariamente bom. Não seja tão medroso. É isso que te fará se tornar alguém estúpido, incapaz de evoluir em vários aspectos, penso eu.
     Enfim, pode não ser tão simples encontrar uma resposta para minha pergunta inicial, mas, como eu disse antes, não quero mesmo é me conformar.




6 comentários:

  1. Eu acredito que as pessoas têm tanta segurança sobre suas certezas que acabam se acomodando. O modo de encarar a vida vai se tornando automático. É como se não precisássemos mais descobrir nada sobre tudo. Nos fechamos nas verdades absolutas que criamos e deixamos a vida ir rumando ao sabor do acaso.

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  2. Creio que as pessoas nunca se acomodam... esse é o problema...
    Essa suposta inércia é apenas a efetivação de um estado de inanição... não temos certeza das nossas certezas, tanto que nos acomodamos apenas na tentativa de mantê-las... Estamos sempre tentando provar as nossas verdades, as ideologias que seguimos, as teorias que lemos, os conhecimentos que recebemos... Não sabemos criar, por medo da rejeição social... A única certeza que temos é a de que temos medo, medo de nos opormos àquilo que nós imposto, pois para nós, essa oposição significa perda... Nos opomos à pensar, abdicamos o nosso direito de agir, nos enquadramos em padrões que nos disseram seguros... Questionar, é o princípio da liberdade... belo texto...

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    1. Muito interessante o que você disse, o medo é mesmo o ponto nessa questão da falta de liberdade, de questionamento.

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  3. Em todo caso, penso que cabe uma rebeldia útil, isso para os padrões de acomodação. Se em vez de reclamar, deveríamos tomar uma atitude louvável...Cada um deve fazer a sua parte e mostrar exemplos, ai sim provaríamos pra nós mesmos, que somos capazes, antes de lamentar e questionar!

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    1. Sim, nós deveríamos reagir de alguma forma, mas essa é justamente uma das intenções do meu texto. E sim, eu mesma tenho minhas reações no dia-a-dia, penso que é algo até simples, basta que cada pessoa acorde. (:

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  4. Eu me sinto assim... acho que deve ser mesmo um jeito de sobreviver, um jeito covarde, mas não deixa de ser um jeito que a maioria das vezes serve.
    Se você se questiona demais, a vida não anda muito, você morre sozinho, perdido e sem respostas, então é uma forma às vezes coerente e às vezes covarde.
    Ai vem a parte que você para de sentir a maioria das coisas... que o sofrimento alheio passa a ser visto como normal. E você perde a capacidade de espernear.
    É triste, eu sei... mas assim como você, não consigo pensar no porque!

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