Google+ Experimento: Se todos tivessem um coração.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Se todos tivessem um coração.

Pág. 155, O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder:
"Assim como certas religiões do mundo chamam de ateus os homens que não acreditam num Deus pessoal além de si mesmos, dizemos que é ateu aquele que não acredita em si mesmo. Não acreditar no esplendor da própria alma: isso é o que chamamos de ateísmo." 
- Swami Vivekananda
"Ama o teu próximo como a ti mesmo, pois tu és o teu próximo. É ilusão acreditar que teu próximo é outro, e não tu." 
- Radhakrishnan 

Há um tempo atrás eu simplesmente defenderia completamente a ideia de "união cósmica" entre os humanos e o resto do mundo, mas é hora de ser racional.
Como o mundo seria bom se todos acreditassem nisso! Mas como seria possível que todas as pessoas pensassem de uma mesma forma? Me pergunto se chegará uma era em que isso acontecerá ou se a humanidade se extinguirá antes.
Como fazer todas as pessoas se enxergarem como partes de um todo, num mundo onde tudo e todos competem, por espaço, por alimento e, no caso dos homens, por dinheiro (ou poder)? Num mundo onde as circunstâncias e também os instintos definem o número de opções de ação de todos nós?
A natureza é cheia de acidentes genéticos e violência externa e com o ser humano ainda ocorrem incontáveis problemas psicológicos. Como seria possível fazer um psicopata com deficiência de empatia enxergar outra pessoa como a si mesmo? E isso é só um exemplo. Podem julgar que minha visão é tendenciosa para a ciência, mas para mim não há separação entre ciência e qualquer outra coisa na vida.
Parece mesmo algo muito idealista pensar que todas as pessoas poderiam se sentir unidas entre si e ao Universo como "gotas no oceano". O que eu acho uma pena, é claro. Eu mesma se pudesse moveria forças que fizessem todos "acordarem". Quem me conhece bem sabe o quanto valorizo a empatia e o reconhecimento de potencial de cada ser humano. É duro parar para pensar e ver que uma realidade onde as pessoas coexistem em completa paz é evidentemente impossível.




A música do vídeo é tema de abertura da série Vikings. 


PS. Acho que este blog tem sido filosófico demais...

2 comentários:

  1. Bom, a ideia de competição é algo bem antigo, talvez concebida no tempo onde o homem ainda era predado pelas demais espécies, lá no início... Costumo dizer para a criançada que, um certo sujeito, na escala evolutiva do homem, viu que isso era bom... e assim o fez, deixando raízes até os dias de hoje... A competição, mediada pela sede do poder, é a única razão que move o ser humano... Não há outra ideologia que lhe proporcione segurança... Porém, vivemos em uma época- atual- de contestação desse princípio, embora tenha, a sociedade, buscado formas equivocadas de quebra da dominação, as mudanças são perceptíveis... Muitos são os seres que ainda vacilam entre a razão e a emoção, entre a ciência e a espiritualidade... O mundo muda em seus ciclos temporais, e nesse tempo atual, a consciência espiritual vem falando mais alto... Essa mudança da qual almejamos, e assim como a amiga, vezes também eu me perco na materialidade da razão, acontecerá dessa emanação de energia, não que o diga em matéria de religiosidade, mas nos ciclos transitórios da energia que transforma elementos em vida... Temos o direito de contestar a realidade, mas ainda não sabemos como... esse saber, de conhecimento de possibilidades, acabará, inevitavelmente, culminando nessa união, alguns terão que abrir mão de sua individualidade para a construção desse todo... e isso já se iniciou, de forma discreta e ainda pouco enraizada, mas que tomará força nos ciclos, que entendemos como gerações... Ensine essa sua pureza, não se limite à razão, que seja sua dúvida, mas certezas para seus filhos... Eles carregarão essa base e disseminarão, estarão em dúvidas em algum lugar lá no futuro, mas em uma certeza mais concreta que a nossa atual... Assim fazemos, seu coração é doce... Bela Música.

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    1. Obrigada pelo comentário, Edson. Me desculpe se não dou uma resposta à altura, mas estou meio sem tempo...
      Mas digo que concordo com várias coisas que você disse. E que bom que gostou da música. =)

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